No fim, nada sem tem a expressar
Procuro uma forma de me conter
Permaneço tentando esconder
Algo que me impeça de machucar


Tu não me enxerga – vendo meu rosto
Tu não me revela – sentindo meu gosto



Afundo neste mar invencível
De ti não há crença em mim
Caindo neste escuro irreversível
Aos pedaços vejo nosso fim



Permito o sonho me sucumbir
Parto para nunca te ver cair
Através do silencioso paraíso
Envolvida levemente no mórbido abrigo



Restando apenas uma doce memória
Empoeirado sonho de amarga historia
Sem herdeiros para resgatar
Sem crença para voltar a respirar



Rasgue esta folha impiedosa
Não há outra realidade esta noite
Que estraçalha-me como uma foice
E consome minha mente venenosa



Vida mentirosa!
Vou sair da mira desses olhos claros
Tentar não querer mais estar ao teu lado
Milhas de ti, sem teu lugar preencher
Penso em voltar, mas vou te esquecer

Quando nada mais faz sentido
A sujeira desse mundo demais pra nós dois
A adrenalina chegou e a racionalidade se foi
Já chegou a hora de ter partido

Teu fogo ainda me queima por dentro
Sinto imenso ódio de meu lamento
O amor me traz devastação, obsessão
Contra meus sentimentos em revolução

Mas Bonnie não tem repetição
E Lola nunca correrá em outra direção
Recuso-me deitar nesses lençóis de espinhos
Que devoram-me e  apodrecem meu coração
Apagam minha luz e não escutam meu não
Essas sombras mascaradas me fazem martírio

O meu coração não é capaz de dar perdão
O diabo aprecia o espetáculo com seu vinho
Nesse espelho, sexual sobre seu vermelho ninho
A minha doce gentileza é apenas tua ilusão

Submissa da minha conduta subversiva
Afogando-me no vicio da realidade contorcer
Na terra nasce o que ao inferno quer pertencer
Por aquele que protege-me, obsessiva

Por vingança, de um sentimento que ignoras

Para dentro do submundo, ele constante aflora
Este olhar que almejo devorar-me
No silêncio suplicando por tua luxúria
Buscando para minha frieza, a cura
Pela chama que permito, queimar-me

Fantasiando teu envenenado beijo
Que corrompe meu faminto ventre
Como um punhal rasgando o peito
Mas tu  nunca sequer me sente!

Acordo tentando te encontrar
Na ânsia de senti-lo entrar
Como mil anos de noites frias
Pelo eclipse que se distancia

Traçando suspiros na água que jorra
Que não liberta esse corpo insaciável
Da sujeira de meu erro imperdoável
Dessa indigna pecadora que te implora
Me pergunto constantemente
se conseguirei me salvar do maldito vicio
Os céus sabem como tem sido difícil
suportar cada noite em minha mente

Maldito amor pela guerra
Tentar escapar do que não quero recordar
pela vontade de parar o que não sei curar
Faz-me decair em miséria

Sem ver as cores do céu
Cobrindo meus olhos com esse véu

Tentar esconder o pavor de não saber
se o amanhecer poderá chegar
Vagarosamente sorrir ao embriagar
esconder e cegar para não transparecer

Tanto tempo já se passou e voou
Sussurros mentirosos que o vento levou
Aquele amargo que traiu e esnobou
Pondo as mãos em meu rosto me afrontou

23:18

Dilacerou o ultimo traço de juventude
Jovem prestes a morrer de amargura
Ser onipresente dê-me a cura
ou tira de mim essa magnitude

Olhar sem honra de quem quer se vingar
Pupila que te mira para enfeitiçar
Eu vou te massacrar e pedir pra me perdoar
Beijo teus lábios, nunca mais irei voltar

Pois meu castigo não irá falhar
Eu sou herdeira da condenação
Guerreira solitária nessa imensidão
O tempo não pode mais voltar

Acerto de contas




Meia noite a espera de um acerto de contas
Começo com uma bela pedrada
Ninguém manda seres tonta

Arranco-lhe os braços, sem poder se defender
Engula suas palavras e comece a se arrepender

Dou lhe uma pancada, direto no maxilar
Acabo com tuas bobagens, já não podes mais falar

Quebro-te as pernas
Arrasto-te pelo chão
Cansei de tuas besteiras
Não sou alguém capaz de dar perdão

Tenta se contorcer
Nojento ser a agonizar
Pediste para morrer
Jamais hesitaria em te matar

Mais um dia de caça


Mais um dia de caça
Eu saio desesperado
Com uma fome que não passa
Atrás de um finado
Que esteja em mal estado

Atrás de vermes para comer
Minha podridão sempre a esconder

Sua cara deformada me excita
O mal cheiro me chama
Enquanto no cemitério, rastejo na grama

Em sua carne podre quero me deliciar
Em cima de teu corpo morto irei me masturbar

O cheiro de morte predomina em meu corpo
Seu caixão cheio de moscas e bernes é meu conforto

Tua carne podre é tudo que quero
Tua trágica morte é tudo que espero

Suja meu corpo com teu sangue estragado
Me deixe brincar com teu órgão genital arruinado

                            Danúbia Poch

Estado terminal



Homem velho e podre
Agora a agonizar
Sua vida acaba hoje
Não há mais tempo para se desculpar

Sua diversão te levou a própria destruição
Agora há apenas tripas jogadas no chão

Não há nem tempo para minha oração
Pois no meu jantar já está seu coração
E seu ânus já foi arrombado sem mero perdão
Deus te abençoe, irmão!

Esmagando a voz


Pureza morta em lençóis de sangue
Eu apago suas vidas
Aquelas que dizem tão sofridas
E tiro de dentro suas feridas
Junto a suas tripas

Em seus pesadelos irei surgir
Para seus sonhos destruir
Pesadelo, terror contínuo
Até seu ultimo suspiro

Vou lhe tirando os pedaços
Vejo alegre seu fracasso
Sentindo a dor
Pedinte por um pouco de vida
Diz-me “Deixe-me viver!Por favor!”
Mas em meu coração sua voz passa despercebida

Não espere piedade
Esmago sua vaidade
Não sou de irmandade

Agora meu jantar está servido
Você já prestou seu serviço

Uma boa refeição




Assassino cruel a solta
Sai correndo pelas ruas sem roupa

Ele se esconde e avista um novo banquete
Em uma jovem gorda deu com um porrete
Um grande banquete
Comida para todo o mês
Disse: 'Também aquecerei meu cacete!'

Gorda acorda presa a uma cadeira
Ele tenta deixar de lado sua grande pança
Mas com tanta banha, ele sequer alcança

Ele então com um facão, corta toda banha
Só assim para não sair sem nada
Gorda grita de dor
Prazer imenso de seu estuprador
De ve-la ainda mais parecida com um monstro, ensanguentada
Como ele adora mulher menstruada

A caça começa todo começo e final de mes
Banquete tão gordo ele nunca fez

Uma semana depois em estado de decomposição
Continuava a gozar na carcaça do leitão..

Minha dor




Essa dor que prevalece
Continua a arruinar meu ser
Alguém que no silencio me adoece
Eu necessito vê-lo morrer

Do fundo de meu ser
Preciso faze-lo sofrer
Em minha vida quero crer
Se não, irei enlouquecer

Em uma rua escura e sem ninguém
Vejo minha vida
Nela procuro um alguém
Que apenas me deixou feridas

Na escuridão eu prevaleço
Esse amargo sentimento nunca esqueço
Nas sombras da noite o vejo caminhar
Acerto seu coração sem mais parar e pensar

A emoção toma conta de meu ser
É o despertar de meu eu, de meu viver
Vê-lo apagar-se, vê-lo morrer

Humanos desgraçados

Lamentável ser
A verdade começa a esconder
Seguidor de uma moda sem valor
Acaba sendo um escravo sofredor

Meninas querem expressar seus sentimentos
Caras escutam até poderem estar dentro

Esquartejando putas com suas cabeças no ar
Não entendem nada mas estão a se apavorar
Castrando caras que vem a me encarar
E queles que só pensam em zuar

Cheia de caras estupidas ao se impressionar
Filha de um homem frio
Aquela que continua a massacrar

Sou um ser sem amor
Por isso quero o horror
Apedrejado e jogado
Agora mortos por um monstro que voces mesmos criaram
Quando em suas vidas se largaram

Não serei aquilo que acha que eu deveria ser
Sou um monstro que ainda vive para te fazer ver
Tudo aquilo que nunca quis crer

Carne podre


Com uma pedrada certeira
quebrarei sua cabeça
Levarei teu corpo imundo
antes que eu me esqueça

Que alegria quebrar um ovo oco
Apenas por quebrar
Que alegria esmagar uma barata,
apenas para matar

Com meu porrete sou certeiro
Vejo sangue e dor
Em olhos de um coração de medo
Vejo seu louvor

O sangue apodrecido acaba
com tudo que um dia ele foi
Carne podre é tudo que somos
A vida se foi

Hoje irei matar!






O ódio que penetra em minha alma
Acaba por me vencer
Hoje a noite, alguém irá morrer


Vou chegando de mansinho
Levando meu porretinho

A vitima chega a notar
Mas não dá tempo de gritar
Para meu palácio de carne podre irei levar
Um rosto dito amável irei quebrar

Se mato a mentira, eu sou podre
O resto do mundo não ouve

Eu corto suas pernas com minha serra
Alguém que parecia ter um futuro,
a família já tivera
Ser humano para mim dispensável
seu ar de  superioridade, é notável

Mais uma qualquer sendo morta
Mas por muito mais tempo irei vê-la sofrer
Até eu fechar a porta
E deixa-la apodrecer

Meu ódio mata os outros
O ser humano de sua vida já nasce morto

                         Danúbia Poch

Banheira sangrenta





Homem risonho a olhar
Beleza comum a passar
Em uma rua escura agarra sua presa
A leva para casa e a deixa ilesa

A acorda com um belo de um susto
Ela se mija e isso agrada o inútil
Cada caça feita de modo diferente
Estuprador horrendo, sem os dentes da frente

Uma banheira ao se encher
Ele queria vê-la sofrer
Foi levada para ser lavada então
E na banheira foi estuprada

A beleza ele quis destruir
Deformando seu rosto a machadada
Em uma agua de gozo e miolos ela foi dormir..

Gente inteligente


Seu ar de superioridade
Vem a me chamar
Pois com toda tua vaidade
Quero acabar

Humano fedorento
Com seu orgulho morrendo
Sua cabeça cheia de bernes
Barriga e cu cheios de vermes

Só pensa em bosta
Faz coisa de idiota

Se indigna com minhas palavras
E segue aplaudindo merda
Por isso meu machado te acerta
Cabeça de bernes falante
Uma merda inteira andante
Que se acha pensador

Esperteza





Esse teu ar de esperteza
Eu irei esmagar
Essa toda tua certeza
Irei massacrar

Se tu sabe tudo do mundo
Feche a boca porco imundo

Quebro seu crânio sem dó
Em suas tripas darei um nó
Rasgando toda a carne
Tirando órgãos internos
Agora acredita em inferno

Sinta agora toda dor
Quebrando sua cabeça
Aqui está o terror
Que sentiu toda vida
Cuspindo na minha cara
Bicha, escrota, desgraçada
Aqui acabo com teu sofrimento
Assim não terá mais lamento

Entregue as Trevas



Entregue as trevas
Aqui, onde o leigo pensar dita o errado
minha insanidade contrariando a era
Faz do meu altar sangrento, meu reinado

O que eles temem me protege dessa injuria
Vestido em negro me guia e me segura
Para aqueles é medo, para mim é luxuria
Sacia fantasias, orgasmo com fúria

A beleza não está por trás de olhos claros
me olha de cima a baixo, demasiado
Sem censura, entregue ao extremo
escorrendo-me esse mel espesso


É o lado misterioso do mundo
É o que o ser desconhece...
É o que te adoece
Me enlouquece
Te padece